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No palco das resistências: a reitora Nadir Gouvêa Kfouri, a universidade e a democracia puquiana (1976-1984)

Marilene Rodrigues Quintino

ISBN: 978-65-86723-47-2   

2022

 

Sinopse

Esta pesquisa analisa a representatividade feminina na reitoria, discutindo as possibilidades de um protagonismo das mulheres em lugares de poder nas universidades a partir da experiência de Nadir Gouvêa Kfouri (1976-1984) na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. As gestões de Nadir notabilizaram-se pelo pioneirismo quando da sua nomeação (1976) como a primeira mulher a ocupar a reitoria em universidades católicas no mundo e, quando do segundo mandato (1980), ao ser reconduzida ao cargo através da primeira eleição para reitor – nesse caso, reitora – realizada entre as universidades brasileiras. Dado o fato de ainda existirem poucas mulheres ocupando o cargo citado no país, propõe-se averiguar como as memórias acerca da reitoria de Nadir na PUC-SP foram mobilizadas como marco de expressivas transformações da universidade, forjando-se com o processo de democratização da universidade em plena vigência da ditadura civil-militar. Além disso, esta obra tem por objetivo problematizar as hierarquias de gênero nesse lugar institucional e, especificamente, no que tange à elaboração da narrativa que a própria Nadir fazia sobre sua trajetória profissional. Nesse sentido, a investigação envolve a análise de um corpo diversificado de documentos (documentos institucionais, imprensa e documentação oral), buscando “ouvir”, sob várias perspectivas, os resquícios da memória – coletiva e individual. A reitoria de Nadir se engajou nas mudanças de comportamento que apontavam para a instalação do processo democrático, em dissonância, naquele momento histórico, com as demais universidades brasileiras, conduzindo uma gestão que teve o desafio de equilibrar/atender a múltiplas demandas da comunidade universitária (incentivada pelas entidades representativas de docentes, funcionários e alunos) e da Igreja (no contexto do projeto de “compromisso social”, em referência direta às premissas do Concílio Vaticano II). No que se refere ao tema da questão feminina na gestão, até agora inédito na produção acadêmica da instituição, a obra tem a pretensão de refletir e discutir sobre a trajetória profissional de Nadir, cotejando o debate de pautas recorrentes quanto à (não) ascensão feminina a altos cargos de gestão, sendo no caso da universidade analisadas as especificidades e os desafios, sejam estruturais, institucionais, ideológicos ou simbólicos, que se apresentavam no cotidiano de Nadir durante o período de sua reitoria e o fazer-se da democracia puquiana. Dessa maneira, verifica-se de quais estratégias a reitora lançou mão para enfrentar esses processos de democratização num período de efervescência política e cultural na universidade, analisando permanências e mudanças, confrontos e contradições vividos na sua gestão, particularmente, a partir das perspectivas de gênero.

 

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